sábado, 20 de maio de 2017

A escoteirinha dorminhoca.


Fábulas escoteiras.
A escoteirinha dorminhoca.

                        Apenas nove meses na tropa Escoteira. Valeu. Adorava. As reuniões os acampamentos tudo. Glorinha era uma menina esperta. Esperta mesmo. Todos diziam que era uma preguiçosa. Será? Ela não achava. Dizia ser uma sonhadora. Nas reuniões vibrava com jogos e outras diversões. Detestava fazer a limpeza na sede ou mesmo boas ações que a Patrulha criava. Nos acampamentos se deliciava. Claro, não armava a barraca, não cortava bambus (dizia que suas unhas eram perfeitas.). Lavar panelas? Nem pensar. O que ela gostava mesmo era depois do almoço procurar uma sombra e dormir! Como dormia.

                     Todas gostavam de Glorinha. Mas reclamavam muito. Ela não ajudava. Só vivia com pensamentos sonhadores. Um dia ela dormiu embaixo de um abacateiro frondoso. Sua Patrulha limpava o campo e lavava o vasilhame do almoço. Glorinha escapuliu e lá foi tirar sua soneca. Acordou era noite. Não viu ninguém. As barracas não estavam mais lá. Suas amigas escoteiras desapareceram. Glorinha ficou desesperada. Passou uma senhora idosa com um punhado de madeira na cabeça. – Me ajude minha filha! – Não posso – disse. Estou cansada. Passou um menino puxando um jumentinho que empacou. – Me ajude Escoteira – Não posso, estou cansada. Passou um homem pastoreando várias ovelhas. Uma correu. Ajude-me menina Escoteira! – Não posso estou cansada. 

                     Fechou os olhos preocupada. Onde todos tinham ido? Levaram inclusive sua mochila. Por quê? Um homem alto com cheiro de enxofre se aproximou. Tinha dois chifres na testa. Seus olhos vermelhos. Não tinha cabelos. Vestia uma capa preta que parecia sair fumaça. – Vim buscá-la disse. - Para onde? Perguntou. Para minha morada. Lá você vai gostar. Não precisa fazer nada. Lá ninguém faz nada. Só esquentar no foguinho que tenho. Fritar um braço, uma perna. Você vai adorar. Vai ficar toda “fritinha” e não vai fazer nada. Ele a pegou e a jogou em um buraco profundo. Glorinha gritou, e gritava quando acordou espantada. Um abacate caiu na sua testa e viu a Patrulha em volta dando risadas.

                      Ela viu que tinha sonhado. Aprendeu a lição. Morar com o diabo? Nunca mais. Agora fazia tudo. Lavava as vasilhas sorrindo. Cortava bambus. Armava a barraca e todas viram que Glorinha agora era outra. Era a que mais vibrava com boas ações. Nunca mais Glorinha cochilou debaixo de arvores. Ela sabia que o diabo quando dá uma mão ele tira com as duas e quem com o diabo deita com o diabo amanhece. Cruz credo!


                     Para encontrar o diabo, não é preciso madrugar.  Nem sempre o diabo é tão feio como o pintam. Mas eu aviso aos lobinhos, as lobinhas, os escoteiros e as escoteiras, cuidado com o diabo. Todos os diabos são parecidos e certamente vocês sabem que o diabo não é gente. E ele gosta muito de jovens do escotismo que tem preguiça e não cumprem sua promessa. E detesta a Lei Escoteira! Portanto se orgulhem e façam da Lei a vida de vocês. E livrem-se do Diabo! Risos.

O Diabo criou o medo, a dúvida e a preguiça. Deus criou a coragem, a certeza e a persistência. Cabe a nós escolhermos: - Servir a luz, ou, as trevas. Divirtam-se com a fábula de Glorinha, uma historia da carochinha feita para lobinhos.

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