sábado, 10 de dezembro de 2016

Contos para fogo de conselho. Marcinha deixe a raiva secar!


Contos para fogo de conselho.
Marcinha deixe a raiva secar!

                 Marcinha era Lobinha da Alcatéia Waingunga. Um dia ela ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho do caminho de Mowgly, todo azulzinho com a floresta verde e amarela. No dia seguinte Julia que morava no mesmo prédio que ela e era da sua matilha, veio bem cedo convidá-la a brincar. Marcinha não podia porque ia sair com sua mãe naquela manhã. Julia então com aquela voz doce que sempre conquista aos lobos da matilha marrom pediu a ela que lhe emprestasse o seu joguinho para que ela pudesse brincar sozinha nas áreas livres do prédio.

                 Marcinha não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga Lobinha, resolveu ceder para não demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial e que adorava. Ao regressar do passeio com sua mãe, Marcinha ficou chocada ao ver que seu brinquedinho estava jogado ao chão e faltavam partes para completar a trilha da floresta de Mowgly. Chorando e muito nervosa, Marcinha desabafou: - Está vendo mamãe, o que a Julia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo da Floresta de Mowgly ela estragou tudo e ainda deixou jogando no chão.

                Totalmente triste e com raiva Marcinha queria, porque queria ir ao apartamento de Júlia e pedir explicações. Mas a mamãe, que também era assistente da Alcatéia como o nome de Raksha com muito carinho ponderou: Filhinha lembra o dia que você saiu toda contente com seu novo uniforme de lobinha, lindo e você sorrindo e um carro jogou lama em você? E quando chegou em casa quis lavar imediatamente aquela sujeira e vovó não deixou? Você se lembra do que a vovó falou? – Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil de limpar.

                   Pois é minha Lobinha querida! Com a raiva é a mesma coisa. Deixe a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo. Marcinha não entendeu bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão. Logo depois alguém tocou a companhia. Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando: - Marcinha sabe aquele menino mau da outra rua que não é Lobinho e vive correndo atrás da gente? Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa!  

                   - Não tem problema, disse Marcinha, minha raiva já secou. E, tomando a sua coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar a história do uniforme novo que havia sujado de barro.


Pois é, gato não é rato, feijão não é arroz e quem quiser que conte dois!

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