quinta-feira, 28 de junho de 2012

Só o vento sabe a resposta



"Creio que Deus nos colocou neste mundo para sermos felizes e apreciarmos a vida. Mas a melhor maneira de fazer isso é fazer os outros felizes."
Baden Powell

Só o vento sabe a resposta

                  Esta é uma historia simples e este nome foi dado porque as respostas que procuramos nem sempre a encontramos. Dizem os poetas que tudo tem uma razão de ser e muito embora procuramos estas respostas, elas são dadas conforme nosso merecimento. Esta é uma historia triste. Dentre todas que escrevi e senti na pele a tristeza, acho que esta me marcou mais. Foi na década de sessenta. Era o Diretor Técnico de um Grupo Escoteiro por estes interiores do Brasil. Uma menina de uns doze anos adentrou-se no pátio de reuniões (era um sábado à tarde) e ficou sentada observando a movimentação das tropas escoteiras. Ainda não havia a coeducação. Esta só foi iniciada na metade da década de oitenta.

                 Durante algumas reuniões notei que ela vibrava com cada atividade feita pelos escoteiros. Achei interessante, pois nesta época ainda não era permitido coeducação e as meninas tinham de se contentar em ser bandeirantes. Não me preocupei. Ela não atrapalhava e além de seu sorriso contagiante apesar de não ser bonita, poderia dizer que até dava um certo brilho nas reuniões dos sábados à tarde.

              Um dia, em dado momento me procurou. Chefe como faço para entrar nos escoteiros? Um olhar profundo, uma vontade de ser e não poder ser. Expliquei a ela pausadamente. Disse que só como bandeirante. - Mas aqui não tem? Só balancei a cabeça negativamente. Não, respondi. Seus olhos se encheram de lágrimas. Tentei consolar, mas ela me olhou e saiu correndo. Deveria ter dito a ela que só como chefes de Alcatéia era permitida a entrada de moças. Mas não disse, afinal não devia ter mais de doze ou treze anos. Muitas vezes a gente devia dizer e explicar para não se arrepender depois.  Nunca mais voltou a sede. Passaram-se alguns anos, acho que uns cinco anos se não me falha a memória. Eu mesmo nem mesmo lembrava mais do fato.

                Uma tarde, conversava com um pai de um Escoteiro e um Chefe sênior e vi uma mocinha adentrando a sede. Pediu para falar comigo e prontamente a atendi. Chefe agora eu tenho dezessete anos. Vou fazer dezoito daqui a três meses. Agora posso entrar? Não me lembrava dela. Parece que um dia queria ser Escoteira e não foi aceita. Educadamente perguntei a ela quando conversamos sobre o tema. - Não lembras quando estive aqui há cinco anos? O senhor me disse que só poderia ser bandeirante. Em nossa cidade não tem. Esperei com calma e sonhando a cada dia em ser Escoteira. Contava os dias, as noites, os meses e os anos. Esperando sempre este dia que vai ser o mais lindo de minha vida, um sonho realizado. Agora sou quase de maior, posso ou não ser escoteira?

                Claro, eu disse que sim. Nossa Alcatéia tinha 26 lobinhos. Dois chefes masculinos e duas femininas. Tinha que arrumar um lugar para ela. Uma perseverança em querer, em poder ser e depois de anos e anos nunca esqueceu seus sonhos. Claro que nunca poderia ser recusada. Eu jurei a mim mesmo que seus sonhos seriam realizados.

                Não foi bem recebida. Uma das chefes me procurou em particular e disse que não poderia aceitá-la na alcatéia. - Por quê? Disse eu. Porque ela mora no “Ferreirinho” e o senhor sabe, lá é um bairro de má fama. Sua mãe só pode ser uma prostituta. Não sei por que falou aquilo. Era uma jovem ótima. Nunca deixou de ajudar ninguém. Infelizmente era uma época onde as mulheres que por um motivo ou outro foram parar ali naquele bairro não eram perdoadas facilmente.

                Não esperava aquela atitude. Pensei que não éramos assim. Aquela Chefe sempre foi um orgulho para nós. Não faltava, os lobinhos adoravam seu jeito de ser. Tínhamos um orgulho em dizer em nosso grupo escoteiro éramos uma fraternidade, uma família cheia de compreensão para com o próximo. Ela me surpreendeu muito mais no final da reunião. Procurou-me e pediu um Conselho de Chefes. Claro que concordei. Considerava que éramos um grupo democrático e todos tinham o mesmo direito. Naquele dia estávamos em doze chefes presentes. Na reunião explicou o motivo. Ela expos suas razões. Pelo menos sete chefes concordaram com ela.  Explicaram-se. Um deles foi veemente na defesa da Chefe de alcatéia. Olhem chefes – disse – Eu mesmo tenho o coração partido em tomar tal decisão. Mas tenho que considerar os demais pais do grupo. Infelizmente quando souberem tenho certeza que irão retirar seus filhos do grupo.

              E assim após ele vários outros se posicionaram do mesmo jeito. Depois de mais de uma hora apesar de que alguns chefes concordaram em que a jovem fosse admitida não chegaram a um consenso. Eu estava perplexo. Nunca em minha vida participei de uma discussão daquele naipe. Era muito para mim. Um deles sugeriu colocar em votação. Não precisa. Estou entregando meu cargo. Estou envergonhado. Aqui não vi a lei Escoteira em todo seu esplendor. Sei que decidiram pensando no Grupo Escoteiro. Tenho que aceitar a maioria. E vi que colocar em votação seria mais proforma. Melhor que a decisão seja tomada por vocês e me desculpem é muito para mim. Prefiro me retirar. Acho que está na hora de entregar o bastão e olhem, não entendam como uma forma de pressão a meu favor. Nada disto. Se estiverem de acordo no final do mês iremos discutir a escolha de um novo Diretor Técnico.

                   Todos se assustaram. Pediram um tempo para pensar. – Melhor não eu disse. Mudar as opiniões só porque resolvi sair? Não é correto. Sei que um dia vocês me disseram que o escoteiro é amigos de todos e irmão dos demais. Sei também que estão imbuídos nas melhores intenções. Saber ganhar é uma arte, mas saber perder é se sentir vitorioso. Não se conformaram. Muitos tentaram me convencer a mudar de ideia. Eu não estava sendo democrático. Afinal queria impor minhas razões sobre todos. Isto não era praticável. Não quis discutir mais minhas razões. Alí no Grupo Escoteiro onde estava a mais de oito anos passei tudo para eles sobre amor ao próximo, perdão, honradez e humildade. Achava que tinha fracassado. Não atinha sabido transmitir.

                   Procuraram-me no meio da semana em minha casa, inclusive a chefe em questão. Alí estavam todos eles. - Desculpe chefe. Agi mal. Muito. Peço perdão. Coloquei a mão em seu ombro. Nada de desculpas minha jovem chefe. Estou orgulhoso de você e dos outros. Afinal souberam tomar uma decisão sozinhos. Já andam com suas próprias pernas. Convenceram-me a continuar. Não tinha como dizer não. Parece que ficaram de acordo em receber a jovem. Mas seria para ela um bom caminho? Sentir-se-ia em casa? Seria mais uma da grande família do Grupo Escoteiro? Receava que não. Mesmo que as ideias foram mudadas o coração não muda fácil.

                 Tinha de pensar a respeito. Pela primeira vez não sabia o que fazer. Melhor esperar a jovem chegar e conversar com ela. Seria honesto. Diria o que discutiram. Se ela gostasse mesmo do escotismo como dizia teria que lutar por um lugar ao sol. Diria a ela que eu acreditava que conseguiria. Mas ela é que devia decidir. Meu apoio ela teria sempre.

                 No sábado seguinte fiquei de plantão o tempo todo na sede. A mocinha que pediu para entrar não apareceu. No outro também não. Fiquei preocupado. Será que ele ficou sabendo do que aconteceu e desistiu? Não tinha seu endereço. Não tinha feito por escrito sua inscrição. Não sabia como achá-la. Sentia-me culpado. Ela até poderia ter desistido, mas queria ter falado com ela. O tempo passou. Eu não esquecia. Os chefes me olhavam agora de outro modo. Sorria para eles como a dizer - Está tudo bem! Sou amigo de voces. Alegre em estar junto a todos.

                 Dois meses depois ao sair de um supermercado, avistei uma mocinha que achei parecidíssima com ela. Não deixaria para depois. Chamei-a. Ela parou e ficou com os olhos fixos em mim esperando que me explicasse. Perguntei a ela porque não foi na reunião no sábado seguinte. Esperei e tinha tantas explicações a dar. Disse que tinha um nó na garganta desde aquele dia. Expliquei tudo. Ela com lágrimas nos olhos disse que era ela e sim sua irmã mais nova. Ela se chamava Larissa. Desde que nasceu sonhava em ser Escoteira. A cada dia que crescia dizia para todo mundo – Vou ser Escoteira! Já sei as leis e farei uma linda promessa!

                Naquele dia quando retornou do grupo nos contou que falou com o senhor. Mas olhe Chefe, ela não desistiu. Não desanimou e esperou pacientemente ter a idade para entrar. Contava os dias e as noites. Naquele dia quando voltou da sede sua alegria era imensa. Todos nós, sua família sentíamos as vibração que ela transmitia. Pela manhã mesmo antes de abraçá-la para parabenizar pelo dia ela sorria e dizia em alto e bom som – Agora vou ser uma escoteira. Era seu sonho. Não dizem que se acreditamos em nossos sonhos eles se realizam?

                 Os dias que ela esperou por mais de seis anos terminaram. No sábado pela manhã o senhor não imagina sua alegria. Levantou cedo. Como sempre fazia agradeceu a Deus por tudo que ele havia dado a ela. Sei disso porque dormíamos no mesmo quarto. Almoçou correndo. Mesmo todos nos rindo dela e dizendo – Calma Larissa, calma. Você ainda vai ter muitos e muitos anos como este dia, onde irá ter com seus amigos escoteiros. Na porta sorriu e disse, até mais mamãe, até mais papai e me mandou beijos. Saiu correndo, não olhou para os lados. Foi atropelada por um ônibus. Levada ao hospital faleceu horas depois.

Fiquei pensando em tudo. Nosso destino, nossos sonhos. Perdidos em minutos. Em segundos. Por quê? Sem retorno. Acho que só o vento sabe a resposta!

 

E quem quiser que conte outra! 

  

§  "O teste da educação bem-sucedida não é o que uma criança sabe, com base após exames escolares, mas o que ela estará fazendo
§  “Dez anos depois”
§  Baden Powell


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Do destino ninguém foge. Parte I



 Não poucas vezes esbarramos com o nosso destino pelos caminhos que escolhemos para fugir dele.
Jean de La Fontaine

Do destino ninguém foge. Parte I


Acho que o nome dele era Matheus, não tenho certeza. Mas todos o chamavam de Miltinho, porque não sei. Nunca me disseram. Talvez porque seu avô era assim chamado e como ele tinha todo o jeito dele, nada como manter o apelido carinhoso.
Era filho único e com 12 anos já estava no quinto ano do fundamental. Estudava em um bom colégio pago e mesmo não sendo um estudioso por natureza, não tinha por que reclamar de suas notas. Não diferia muito dos jovens de sua idade. Gostava de futebol e sempre que podia, ia para a quadra do colégio bater uma bola com os amigos. Também não era um futuro craque.
Em seu bairro tinha alguns amigos, não muitos. A noite se encontrava com eles para um papo ou até uma brincadeira qualquer. Nos fins de semana nem sempre saia com seus pais. Sempre ia até uma pequena quadra esportiva, próximo a sua casa e lá passava as tardes de sábado ou domingo.   
Seu pai trabalhava como gerente financeiro de uma cadeia de lojas e nunca chegava em casa antes das 9 da noite. Sua mãe, dona de casa era quem mais estava junto a ele no dia a dia. Nunca seu pai o levou para passear nos finais de semana e pouco interessava pela sua vida não perguntando nada quando se encontravam.
Um tarde de um sábado, vindo da quadra de futebol, viu três escoteiros vindos em sua direção. Já os tinha visto antes, mas não sabia como eram o que faziam e onde se encontravam. Passaram por ele conversando entre si e dobrando a esquina desapareceram como fumaça no ar. Ele ficou ali meditando, meditando e ponderou o que seria aquilo e como fazer para participar.  
Comentou com sua mãe sobre sua intenção. Ela não disse nem sim e nem não. Resolveu investigar por conta própria. Descobriu o local deles. Era um colégio a oito quadras de sua casa. Foi lá em um sábado. Viu muitos meninos e meninas brincando, correndo e um chefe apitando. Não entendeu muito, mas pelo sorriso estampado no rosto de todos, achou que devia ser bom.
Ficou ali até alguém de uniforme aparecer perto dele e perguntou como era para participar. O encaminharam para a sala onde estava o que devia ser o chefão. Ele o olhou de alto a baixo. Perguntou por que queria ser escoteiro. Ele não soube responder, mas disse que queria experimentar.
Gentilmente explicou o que fazia um escoteiro. Suas responsabilidades suas atividades e muita responsabilidade quando fizer sua Promessa Escoteira.
Encantou quando contou como eram os acampamentos, as excursões às viagens de longa distancia a grande fraternidade mundial que sempre se encontra nos Acampamentos Nacionais, Regionais ou Distritais.
Emocionou-se ao saber o que era um Jamboree e não conseguia imaginar mais de 10.000 escoteiros reunidos e acampados em um só local. Ficou sabendo de um tal General Inglês que foi o fundador. Soube que mais de 150 países possuíam grupamentos escoteiros.
Pensou que seria bom pertencer a uma patrulha. Jogar com eles. Tomar decisões, vida em grupo imaginou. Já imaginava ter seu distintivo, fazer sua promessa, mas logo acordou do seu sonho, pois era apenas narrativa do Chefe para ele, pois precisava de tomar uma serie de providencias antes de sua aceitação.
Recebeu uma ficha de inscrição que devia ser preenchida pelo seu pai e sua mãe. Tudo bem. Ele foi para a casa sonhando acordado e quase se perdeu no retorno, tomando um rumo desconhecido.
Entregou a ficha e a sua mãe. Com o pai achava difícil de falar, não se entendiam bem. Quando a noite surgiu viu o barulho do carro. Estava chegando do trabalho. Um comprimento seco, um banho, o jantar e logo foi para a sala ver o jornal da noite na TV. Já estava desistindo. Sua mãe se aproximou e sussurrou para o pai o desejo do filho. Entregou a ele a ficha de inscrição para sua assinatura.
Ele a principio não estava entendendo. Riu e veio falar com ele. Parabéns disse agora você escolheu bem. No próximo sábado irei com você até lá para conversar com o responsável. Ele não acreditou e seu pai o levou até seu quarto (o dele) e tirou de dentro de uma mala antiga, um uniforme de escoteiro e o lenço e o presenteou. Era o seu quando jovem. Participara por quatro anos. Fora monitor e primeira classe. Mudaram de cidade, onde foram não havia grupos. Mas ele não tinha esquecido.
Sempre pensou em colocá-lo em um Grupo Escoteiro, mas não sabia onde e ele não tinha se manifestado a respeito. O tempo foi passando e ele se esqueceu de tudo. O trabalho o absorvia muito. Pediu desculpas ao filho. Disse que iria apoiá-lo e acompanhar em todas as situações que se fizessem necessárias.
Foi um dia feliz. Foi para o seu quarto e colocou o uniforme na cama. Ficou ali a admirá-lo. Não se conteve. Vestiu a camisa, colocou a calça curta, devagar colocou os meiões. Olhando no espelho colocou o lenço. Ainda não sabia como colocar. Como gravata ou mais longe do pescoço. Viu que o uniforme era grande para ele. Não se importou. Achou que era o máximo.
Durante a semana o vestia se olhava e sonhava. Era como estivesse fazendo a promessa, acampando, junto a novos amigos, vivendo em uma patrulha e ele sonhava com o dia em que iria participar pela primeira vez. Logo que o dia amanheceu, acordou e foi até a janela. Sorriu para o sol e fez sua oração matinal agradecendo a Deus pela oportunidade.
Saiu de casa para conversar com um amigo e contar para ele a novidade. Vibrava com a possibilidade de ser Escoteiro. Ao atravessar a rua, foi pego por um carro a toda a velocidade, fugindo da policia que vinha logo atrás. Foi arremessado à grande distancia. Ficou inconsciente.
Levado ao hospital ficou em coma dois meses. Saiu do coma, mas sem movimentos no corpo, ficara paraplégico.
Durante um bom tempo não lembrou mais de seus sonhos. Agora eram outros. Pensou que com o tempo seus movimentos voltariam, ele não desanimou e o tempo passou. (um dia conto o final da história)

Do destino ninguém foge - parte II.

Prólogo


Quatro anos se passaram quando seus pais o levaram para casa. Nenhum movimento durante este tempo. Conseguiu mexer os braços isto depois de muito tratamento em um centro de reabilitação. Mas as pernas não. O corpo também não. No primeiro ano não falava. Não tinha o que dizer. A voz engasgada. Uma terapeuta fez tudo para ele sorrir e nada. Não acreditava em que diziam a ele. O dia mais feliz de sua vida se foi como uma grande tempestade. Ele agora só via raios e trovões a lhe auscultar o cérebro. Seu atropelamento foi um desastre. Matou seu sonho e até sua vontade de viver. Treze anos uma vida a começar assim interrompida. Sua mãe sempre com os olhos vermelhos. Seu pai fez tudo que podia, gastou o que não tinha até que os médicos disseram que era melhor ele ir para casa. Seu corpo não mais reagia ao tratamento.
Em casa pediu a sua mãe que colocasse o uniforme Escoteiro no baú do seu pai. Ele não queria vê-lo nunca mais. Seu quarto era aconchegante, a janela dava para um pequeno jardim que sua mãe cuidava diariamente. Mas ele não sentia mais o perfume das flores e o sol e a lua para ele não tinha diferença. Dormia de dia ficava acordado a noite. Dormia a noite e ficava acordado durante o dia. Trocava sempre à noite pelo dia. Nada lhe faltou. Sua mãe sempre presente. Banhos, fraldas, refeições, virá-lo sempre para não dar ferida ao corpo, enfim uma mãe incansável para que seu filho pelo menos sorrisse.
Uma tarde bateram em sua porta. Sua mãe atendeu. Surpresa. Dois escoteiros uniformizados queriam falar com Miltinho. Ele não entendeu nada. Não os conhecia. Nunca os viu e esteve na sede deles por pouco tempo. – O que querem? Falou. Sejam breve estou sem tempo agora! Mal educado. Nunca pensou que um dia falaria assim. Eles sorriram. Nós não queremos nada de você. É você que vai querer de nós. Chega de auto-piedade. Você só sabe sentir compaixão de sí mesmo? Está com dozinha de você? Lastimando-se? Não vê que tem pessoas sofrendo a sua volta? Afinal, você é um homem ou um rato? – Quem são voces? Quem dá o direito de falarem assim comigo? – Eles não responderam.  Mudaram de assunto. – Sábado que vem vamos vir aqui e levar você para a reunião escoteira. Afinal não era seu sonho? Só porque se acidentou se acovardou?
Miltinho não escondia sua surpresa e eles foram embora. Chamou sua mãe e perguntou quem eram eles? Eles quem? Ela disse. Os dois escoteiros que aqui estiveram. – Meu filho, não veio ninguém aqui hoje. Miltinho ficou mudo. Por quê? Quem eram? Assombração? Afinal ele já estava com dezesseis anos e não tinha medo de nada mesmo entrevado numa cama. Mas porque, porque, insistiu com seu pensamento. No sábado bateram a porta. Lá estava os dois de novo. Vamos – disseram. Ir com voces? Voces são fantasmas! Não ando com fantasmas. Eles riram. Pegaram Miltinho, colocaram-no em uma cadeira de rodas e saíram de casa rumo à sede Escoteira. Nem despediu de sua mãe e seu pai. Os dois a pé empurrando a cadeira de rodas. Uma festa. Aplausos de todos os jovens. Abraçaram-no, e foi para uma Patrulha Sênior com duas meninas e dois meninos. Ele era o quinto. Claro na cadeira de rodas.
Miltinho! Largue esta cadeira, agora vamos fazer um jogo e não dá para você ficar sentado feito um folgado! Um deles sem ele esperar o levantou e outro empurrou a cadeira para o canto do pátio. Miltinho pensou que ia cair, mas suas pernas se firmaram. Ele não acreditava! Vamos molenga! Diziam todos! Miltinho sorriu, correu, brincou, suou e de volta a sua casa quando entrou viu que esqueceu a cadeira de rodas na sede. Que fique lá para sempre, disse para si mesmo. Aperto de mão, abraços e Sempre Alerta e lá foram os dois escoteiros.
Sua mãe o chamou várias vezes e ele custou para acordar. – Mãe a senhora me viu chegar ontem dos escoteiros? Como? Ela disse. Eu fui lá com os dois escoteiros. Sua mãe sorriu. Mas e a cadeira de rodas? Ela não veio! Meu filho, você nunca teve uma cadeira de rodas. Não pode sentar. É bom que ele sonhe pensou sua mãe. Pelo menos não fica tão triste como estava. Se isto lhe faz bem vou ajudar. E eis que Miltinho senta na cama, se levanta e diz a sua mãe – Deixa que eu vá ao banheiro, escovar os dentes e depois vamos todos nós tomar juntos o café da manhã. Há tempos não fazemos isto! Sua mãe estava boquiaberta! Meu Deus! Um milagre? Ela não sabia se ria ou chorava. Gritava de alegria e chamou seu pai que veio correndo. O abraçou. Quem visse veria uma família maravilhada e sorrindo como ninguém sorriu antes.
Miltinho voltou a estudar. Seu pai o levou aos escoteiros. Ele se tornou um jovem tão feliz que o mundo mudou e ele acompanhou. Sei que hoje é muito requisitado na fábrica que trabalha pela sua felicidade. Os outros querem saber como fazer para ser feliz. Miltinho lembra-se de tudo que aconteceu. Não sabe explicar o que houve quem eram os escoteiros e qual o grupo que foi. Não importava. Se Deus quis assim, agradecemos a Deus por ter me dado à vida de novo. Os escoteiros do sonho nunca mais apareceram. Mas Miltinho nunca os esqueceu. Casou e teve um filho. Quase não tinha tempo para ele. Quando fez treze anos disse que queria ser Escoteiro. Miltinho sorriu. Sim ele também se chamava Miltinho. Deu para ele seu uniforme. Vou lá com você no sábado, seu filho sorria de alegria.
De manhã abriu a janela, agradeceu a Deus pela vida e sua alegria em ser Escoteiro. Correu a casa de um amigo para contar a novidade. Ele seria escoteiro como seu pai fora. Ao atravessar a rua viu um carro em alta velocidade fugindo de um carro da policia. Pneus rangeram uma batida forte. Alguém gritava. Miltinho por sorte escapara.  Não sabe como não foi atropelado. Alguém o empurrou antes da batida. O carro dos bandidos bateu em um poste. Um morto e outro ferido. Miltinho respirava forte. Graças a Deus, Graças a Deus. Olhou no final da rua e viu os dois escoteiros acenando. Eram os escoteiros do sonho de seu pai. Acenou também. Meus anjos da guarda pensou. A vida nos reserva surpresas sem explicação. Fazer o que? Aceitar o seu destino, pois Miltinho sabia que do destino ninguém foge!  

Segue teu destino, rega tuas plantas, Ama as tuas rosas. O resto é sombra de árvores alheias..... Vê de longe a vida. Nunca a interrogues. Ela nada pode dizer-te.A resposta , está além dos Deuses.
Fernando Pessoa





domingo, 10 de junho de 2012

O perverso Pirata Barba Negra.


         
AS LEGENDÁRIAS LENDAS ESCOTEIRAS

(Se ainda não leram as aventuras dos Cinco Magníficos anteriores, não percam. É uma leitura gostosa destes seniores que todos irão admirar).
Os cinco Magníficos

(Os cinco Magníficos são seniores da patrulha Aconcágua, do 568º Grupo Escoteiro Pico da Neblina. Rotineiramente estarão aqui contando suas epopeias divertidas e aventureiras. Muitas já vividas pelos nossos magníficos seniores de todo o pais. Sejam bem-vindos a patrulha Aconcágua e os cinco Magníficos).

Historia de hoje: O perverso Pirata Barba Negra.
- Nem todos os piratas eram criminosos - Isso vai depender muito do seu ponto de vista, mas durante a guerra, as nações emitiam cartas que permitiam que os navios atacassem os inimigos. Normalmente, quem atacava os inimigos dividia o que era saqueado no navio com o governo que havia emitido a carta. Esses homens também eram chamados de piratas. Os ingleses Sir Francis Drake e Capitão Henry Morgan agiam desta forma e nunca atacaram portos ou comerciantes. Para os ingleses eles foram considerados heróis. Para os espanhóis, eles eram criminosos.
                 Eu tinha o telefone de Max na carteira. O guardei de maneira tal para não perder nunca. Afinal além de conhecê-lo profundamente, pois diversas vezes nos encontramos e tive a honra de participar com eles em uma aventura sem igual quando fomos à Montanha dos Sete Desejos nunca mais esqueci aquela patrulha fenomenal. Sempre eles vinham em minha lembrança onde quer que fosse. Sempre quando eu viajava próxima a cidade onde eles moravam, não deixava de visitá-los. E-mail e lembranças entre eles e eu eram frequentes. Na tropa Escoteira no grupo em que dava minha colaboração sempre pensava que ali faltava alguma coisa. Ria comigo mesmo. Comparar com os Cinco Magníficos era até covardia. Passei para o papel todas suas aventuras em forma de romance. Ninguém em tempo algum me inquiriu se eles existiam ou não.
Max atendeu de pronto e se mostrou alegre em saber que estava em sua cidade. Ficamos de nos encontrar à tardinha na Praça do Pavão, onde havia muitos bancos e poderíamos conversar a vontade. Perguntou se poderia levar o Junior, o Jan a Liv e a Marly. Claro que sim disse. Afinal voces formam um time e falar com um em particular fica até ruim. Minha amizade se estende a todos. Cheguei no horário e eles já estavam lá. Abraços, sorrisos e logo sentamos em um gramado da praça para ficarmos mais a vontade. Era um sábado e perguntei por que não estavam em reunião. Vi que os rostos de todos ficaram triste. – Algumas coisas aprontaram eu pensei.
Chefe – Olha, era o Jan quem falava. Estamos comendo o pão que o diabo amassou. Tudo só tem dado errado. Nosso Chefe Sênior mudou de cidade e o assistente assumiu. Ele é jovem. Muito exigente. Disse que nós somos uma Patrulha que destoa da tropa. Diz que somos metidos a bom, não gostamos de participar nas atividades programadas da tropa e desfiou uma infinidade de reclamações. Ficamos calados. Não era hora para discutir com ele. Pela ultima aventura que passamos ficamos dois meses sem ir à reunião e dois meses desaparecidos da cidade. E por isso nos deu dois meses de suspensão. Estamos proibidos de fazer qualquer atividade Escoteira. – O que? Perguntei. O que voces aprontaram? – Nossa ultima aventura foi um desastre. Nossos horários nunca foram cumpridos.
Mas que aventura foi essa? – perguntei. Não lhe contamos? Para lhe dizer a verdade foi uma aventura que não esperávamos. Fomos convidados por uma Patrulha do mar que ficamos amigos no ultimo Acampamento regional de Patrulhas para um sábado qualquer irmos até a cidade deles, que é perto e iriam dar um passeio e nos levar com seu novo barco. Achamos que eles estavam preparados. Pedimos licença ao nosso Chefe Sênior e ele desconversou. Havíamos prometido que iriamos e ficaria muito mal se não fossemos. Decidimos em Patrulha que iriamos e que desse o que desse não iriamos decepcionar nossos amigos.
Embarcamos em um ônibus no sábado bem cedinho. Cedo ainda nos encontramos com eles em uma marina pequena onde o barco ficava ancorado. A reunião seria as duas e meia e dava tempo de dar uma volta na enseada e voltar a tempo da reunião. Chefe – O senhor nem imagina o que aconteceu. – Saímos da baia, pois eles eram bons remadores e disseram que iam nos Levar a Ilha das Cobras, mas que não nos assustássemos, pois era uma ilha bem conhecida deles. Eles eram quatro. Natan, Paulo, Leiva e Tonico. Bons rapazes. Todos com mais de quatro anos de escotismo.
Olhei para o Junior e ele riu. Liv e Marly continuavam as mesmas. Sempre caladas, mas sabia que quando começassem a falar não iam parar mais. Foi Marly quem continuou. – Nunca esperávamos o que aconteceu. Até hoje acho que é um sonho, mas as costas do Junior e do Jan com marca da chibata não deixa outra saída em acreditar que foi tudo realidade. Meu Deus! Chibata? O que foi isto? – Chefe – Uma história que não contamos para ninguém. Para o senhor sim, pois esteve conosco em uma e sabe da verdade. Foi incrível mesmo. Pegou-nos desprevenidos. Uma bruma, isto mesmo, uma bruma nos pegou no meio do caminho. Ficamos cegos sem enxergar nada. Nosso barquinho começou a rodopiar como se estivéssemos em um redemoinho gigante.
Não demorou muito e tudo terminou. Estávamos à deriva em alto mar. Natan o Monitor deles era bem calmo e disse que não precisávamos preocupar. Estava com sua bússola e um mapa náutico. Logo acharia onde estávamos, pois pelo vento e ciscos no mar demostravam que estamos perto da costa. Mas o incrível aconteceu. Vimos ao longe uma nau ou um galeão e nos assustamos. Não era um navio qualquer. Daqueles antigos com muitas velas e enorme. Grande mesmo. O que fazia ali um navio destes? Todos nós ficamos olhando o Galeão se aproximar. Desceram um escaler e três marinheiros vieram ao nosso encontro. Agora sim, o susto não parava. Todos eles vestidos como se estivessem no século XVIII. Obrigou-nos a entrar no seu bote e quando chegamos ao convés do navio ficamos boquiabertos. Achamos que era uma brincadeira, mas não era não. Um capitão barbudo, fétido, com uma enorme cicatriz na testa pegou o chicote e deu uma chicotada no Max e outra no Jan. Isto é para aprender a ter respeito, ele falou em inglês. Jan falava bem o idioma e nos disse o que ele falou. Vimos que não estavam ali para brincar.
Max aguentou a dor calado, mas Jan não. Gemia baixinho. O barbudo gritava, ameaçava, dizia que não tinha comida para todo mundo. Não ouve diálogos. Botaram-nos a “ferros” no primeiro dia sem comida e água. O cozinheiro deles no segundo dia nos procurou e perguntou se éramos filhos de Lord Lowell, um inglês que era amigos de Barba Negra. – Barba negra? Como? Que ano estamos? – Ele riu e disse que achava que era em 1678, não tinha certeza. Não era brincadeira. Eles não estavam brincando como o Capitão Jack Sparrow do filme Piratas do Caribe. Todos nós começamos a chorar. Medo, receio, mas o que aconteceu? Foi Jan quem disse que poderíamos ter passado pelo fenômeno de um “paradoxo temporal”. Dizem que às vezes isto acontece no mar e gera resultados logicamente impossíveis. Tornamo-nos um viajante do tempo e fomos parar no passado.
Incrível! Eu não acreditava, ou melhor, nenhum de nós acreditava. Interessante que o mais calmo era Natan. Tentava nos acalmar e dizia para termos fé. Iriamos sair desta. No terceiro dia nos deram comida e água. Libertaram-nos e fomos obrigados a fazer limpeza em muitos lugares do navio. Fétido, alguns faziam suas necessidades em qualquer canto e não tomavam banho. Um mau cheiro incrível. Liv e Marly aguentavam firme. No décimo dia já tínhamos acostumado com tudo. Um horror aconteceu no decimo quarto dia. Um navio mercante espanhol foi perseguido e atacado. Não se entregaram sem luta. Uma carnificina. Um inferno para nós. Roubaram tudo do navio, botaram fogo e mataram o resto da tripulação na prancha como se fosse uma diversão a parte. Barba Negra só vociferava. Andava com varias pistolas, facas e uma espada. Aprendeu a trançar suas barbas e pintar de vermelho, parecendo que elas estavam em chamas.
Ele ditava as regras, as normas e ninguém jamais ousavam discuti-las. Ninguém via sua parte do butins, pois ele escondia muito bem no navio que era seu. Ficamos no navio por quarenta e cinco dias. Não sei como aguentamos tanto. Uma noite Natan nos disse como fugir. Ele conseguiu ver nosso bote amarrado próximo a estibordo do navio e soltá-lo seria fácil. Não titubeamos. Se descobrissem sabíamos que iriamos pagar caro, mas não dava mais para continuar. Quarenta e cinco dias sem banho, comendo mal, agua salobra um inferno. Uma da manhã, uma noite que o rum correu solto. Beberam até cair. Paulo, Junior, Max e Leiva foram desamarrar o barco. Tonico Liv e Marly ficaram juntos. Não tínhamos comida nem agua. Seja o que Deus quiser pensamos.
Não foi difícil, todos desceram pelas cordas que ficavam na lateral do navio. Uma hora depois já não avistávamos o galeão. Sorrimos e gritamos de alegria. Mas à tarde, o sol quente e a sede queimavam os lábios de todos. Ainda bem que a sueste umas nuvens negras prenunciavam chuvas torrenciais. Alegria com a agua. Bebemos até a barriga estufar. De manhã avistamos uma cidade e ficamos com medo de aproximar. A fome era enorme. Nossas roupas em farrapos. O que fazer? Dito e feito. Uma bruma nos pegou de chofre. Um redemoinho e acordamos com o sol a pino próximo a ilha das cobras. Gritos, alegria, sorrisos, e em pouco tempo chegamos à marina. Fracos, em frangalhos fomos socorridos.
Depois ficamos sabendo que ficamos fora mais de cinquenta dias. No hospital convalescendo mais de quinze dias. Contar o que para eles? Iriam acreditar que estivemos prisioneiros do pirata Barba Negra no ano de 1678? Quem iria acreditar? Todos nos resolvemos calar. A desculpa foi que o barco ficou a deriva e navegamos sem rumo por todo aquele tempo. Comemos frutas em ilhas que achamos e graças a Deus conseguimos voltar. As nossas familiares choraram de alegria com a nossa chegada. Achavam que estávamos mortos. A maioria queria que saíssemos do escotismo. Fim da Patrulha Aconcágua? Impossível. Isto não iria acontecer nunca.
Nosso Chefe Sênior não perdoou. Em uma reunião do Conselho de Tropa Sênior nos suspendeu por dois meses. Proibidos de fazer escotismo e falar sobre ele. Pediu aos nossos pais que não deixassem que nos encontrássemos (os membros da Patrulha). Mas não adiantou. Quase todas as noites nos falamos pela internet, celular e uma vez por semana encontramos sempre aqui na praça. Somos amigos e irmãos escoteiros e seremos até morrer. Sei que eu e o Max já estamos nos aproximando dos Pioneiros e sentirei muito a falta de todos. Não sei o que vai acontecer, mas o Junior me disse que a Patrulha não ia acabar nunca. Ele, Liv e Marly fizeram um juramento que nossa falta seria sentida, mas outros nos substituiria.
Fiquei pensando em tudo. Uma aventura incrível. Desta vez a morte por perto. Já tinha lido algum sobre o pirata Barba Negra. Ficou anos saqueando navios até que um dia a colônia de Virginia despachou uma força naval britânica sob o comando de Robert Maynard, e depois de uma dura batalha, obteve sucesso e a morte do Barba Negra foi inevitável. Dizia o relato que ele foi decapitado e a cabeça dele pendurada na verga do mastro principal do navio “Queen Anne’s Revenge”. Os seniores e as guias não viram nenhum tesouro no navio. Dizem que teria sido enterrado por ele e que nunca foi encontrado. Porem muitos duvidam que o tesouro tenha existido.
Voltei para minha cidade e continuei mantendo contato com os Cinco Magníficos. Vencido a suspensão voltaram às atividades desta vez diminuindo um pouco a sede de aventura. Max e Jan passaram para os pioneiros e uma nova guia e um novo Sênior foi admitido à patrulha. Mês que vem deverei realizar uma inspeção em umas máquinas que vendemos em uma cidade próxima. Vou encontra-los é claro. Sei que corre na veia daqueles valentes seniores e guias um sangue quente de aventuras. Iram aprontar outras tenha certeza.
Mais uma historia que irei contar para meus leitores. Acreditar? Ninguém vai acreditar. Irão pensar que é alegoria do autor. Um suspense ficção para impressionar. Que pensem assim. Eu conheço a Patrulha, estive com eles em uma que até hoje fico pensando o que foi realmente. Gostaria de voltar a ser jovem. Daria tudo para ser aceito na Patrulha Aconcágua. Seria tenho certeza um grande Sênior dos Cinco Magníficos!

Alguns mitos dos piratas

. Alguns contos de piratas dizem que o costume de matar sobre a prancha começou depois da Era Dourada, mas as evidências sobre isso são quase inexistentes. Mas não pense que esse era o único tipo de punição. Piratas que quebravam as regras eram abandonados em ilhas, chicoteados ou mesmo “quilha-transportados”, um tipo de castigo em que um pirata era amarrado a uma corda e então jogado ao mar, de um lado do navio. Então era transportado pela quilha, por baixo do navio, até o outro lado.

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Eles raramente enterravam tesouros. Um ou outro de fato fizeram isso, como o Capitão William Kid, mas a verdade é que pouquíssimos chegaram a enterrar algum tesouro. E existiam algumas razões para isso. Eles preferiam dividir os tesouros roubados entre a tripulação do que enterrá-los. Além disso, a maioria dos tesouros não era ouro e sim comida, tecidos e outras - coisas que estragariam facilmente se enterradas. Na verdade, essa lenda de enterrar tesouro durou tanto tempo devido ao livro “Treasure Island”, que falava de uma caça ao tesouro.


Era uma vez... Em uma montanha bem perto do céu...

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