quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O ULTIMO CHEFE ESCOTEIRO

O último chefe Escoteiro

Congratulamo-nos às vezes, no momento em que despertamos de um lindo sonho. Não poderia ser assim no momento que segue a morte?

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada 
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar 
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso, 
Cidade de meu andar 
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...

                Essa história foi-me narrada por um Comissário Distrital muito meu amigo, quando o visitei em sua residência a muitos e muitos anos atrás. Era comum visitá-lo. Nos conheciamos desde o tempo da patrulha senior. Juntos fizemos belas atividades escoteiras. Aquela de ser metido a herói e fazer escalada sem nenhuma experiência ficou na história. A patrulha inventou de escalar uma montanha onde existia uma pedra muito alta. Subimos 400 metros. Sem condição de prosseguir. Paramos um pequeno lanche para a descida. Descida? Nem pensar. Um medo horrivel. Olhavamos lá embaixo. Vertigem. Tremedeira.

              À tarde, o sol se pondo, os cinco valentes ali no meio da pedra tremendo. Uma noite terrível. Meio metro por dois a saliência era o que tinhamos para cochilar. Só no outro dia os bombeiros da cidade foram acionados. Sempre lembravamos deste fato. Belas risadas. Foram tantas que nossa amizade perdurou durante toda nossa vida. Soube que ele se juntou a turma lá no Grande Acampamento. Que Deus o tenha. Daqui a uns tempos vou dar uma passadinha lá. Não pretendo ficar (risos).

              Bem voltemos ao que  ele me contou.  No seu distrito havia um chefe Escoteiro muito antigo, bem "Velho" alíás. Ficou toda a vida em um só Grupo Escoteiro e era amado e bem considerado por todos. Deixou de frequentar por problemas de saúde. Tinha problemas de pulmão e fazia inalação várias vezes ao dia. Suas forças não eram as mesmas. Claudicava, tremia, respira mal e sua vóz quase não se entendia. Claro, estava com 85 anos e doente. Um dia resolveu lembrar o passado. Comprou um pequeno balão de oxigênio, que dava para vinte dias, preparou um bornal para ele, de maneira a não atrapalhar o que iria fazer.

               Isso mesmo. Seu último acampamento. Ele queria fazer um antes de morrer. Ria e contava para todo mundo. Ninguém acreditava. Afinal com aquela idade quem pensaria tamanho disparate?  Mas ele era teimoso. Muito obstinado. Sua esposa horrorizada tentou demovê-lo da idéia. Não conseguiu. Chamou os filhos (eram três) nada obtiveram. Vieram amigos escoteiros, desistiram em pouco tempo. Chegaram à conclusão que se ele não fosse morreria alí na sua casa em poucos dias. Quem sabe bem tutorado ele podia ir? Claro os filhos sem ele saber iriam vigiá-lo de longe. Um deles era médico. Assim ficou combinado.

              Chefe Zezé (como era conhecido) preparou tudo com calma. Tirou sua mochila do baú, seu uniforme que ele mesmo lavou e passou. Sua manta de fogo de consêlho, seu chapéu de tres bicos, ainda prensado no porta-chapéu. Colocou seu tope que comprou em 1947, seu penacho azul de dirigente (tinha o verde e amarelo de Diretor Técnico, e os demais de outras sessões, hoje não se usa mais). Engraxou sua botina de campanha, olhou seu meião com carinho, a jarreteira deixou no lugar. Não iria usar. Pediu à esposa que pregasse os seus barretes na camisa cáqui. As medalhas ele separou para levar consigo, seria seu troféu de guerra. Ou melhor, seu troféu de campo.

               Estava ainda lá sua faca escoteira, limpa e com saudades viu que ainda possuia o talco que colocou antes de embainhar. Seu facão limpo, sua machadinha pequena e bem escondido em um canto do baú, sua bússola silva. Olhou tudo, viu que o cinto de couro ainda estava firme, e a fivela brilhando. Era de ouro. Madara folhear. Até mesmo uma bandeira nacional bem antiga ele levou. Sentou em sua cama e fechou os olhos. Sua mente só via o acampamento que iria fazer. Tinha de ser superior a todas as suas setecentas noites de acampamento. Nem mais e nem menos. Deveria marcar em sua vida para sempre. Acreditava que não iria ter outra oportunidade.

              Não levaria seu lenço de insígnia. Iria com o verde e amarelo do seu primeiro Grupo Escoteiro quando fez a promessa como lobinho. Um suspiro, quantas saudades. Aproveitou para ver algumas fotos que ali guardava. Seu primeiro acampamento de lobos (na época lobinhos acampavam), sua promessa escoteira como escoteiro, sua patrulha senior, e vários amigos que junto a ele fizeram com que as matas, florestas, campinas,  serras, montanhas e tantos lugares se tornassem reais e incrustadas para sempre na sua memória.

            Disse que iría na semana seguinte. Vale do Rio da Serpente. Iria sozinho. Não queria companhia. Todos os filhos sabiam onde era. Já tinham ido lá com ele várias vezes. Sorriram e não disseram nada. Ele preparou tudo com carinho. Ração C para três dias. Poucas roupas sobressalentes. Capa leve de chuva. Uma lona simples e macia para montar um pequeno toldo de sua cabana (ia fazer uma), seus remédios, seu inalador, e no bornal o bujão de ar. Pelo telefone comprou a passagem. Eram quatros horas de viagem.

           Pediu a seus filhos para o levarem à rodoviária. Estava uniformizado. Tinha orgulho do uniforme. Na entrada subiu sozinho. Deu até logo e disse que não precisava de ajuda. Subiu as escadas com dificuldade. Fingiram não o observar. Viram quando ele entrou no ônibos. Um dos filhos seguiu de carro atrás. O filho chegou à cidade de destino primeiro. Sabia que dali até a subida da serra seriam mais quatro quilometros. Ele disse que iria alugar um animal. Cavalo ou burro. Não dava para subir a pé.

           O ônibos chegou. Desceram todos. Surpresa! Chefe Zezé não estava no ônibos! O motorista disse que ninguém tinha viajado com aquelas características. E agora? Ele tinha visto embarcar no ônibos, ou foi miragem? O filho ligou para os outros. Todos se dirigiram para a cidade de destino. Reunião de família. O que fazer? Onde estaria seu pai? Onde? Procuraram por todos os lugares, por toda a parte. Nada. Voltaram até  sua cidade e foram de novo na rodoviária. Nenhuma informação. A empresa disse que não vendeu nenhuma passagem com o nome de chefe Zezé ou mesmo o nome completo dele.

           Um dia, dois três. Se ele resolveu dar um golpe e seguir sozinho a outro lugar, pois sabia que seria vigiado, deveria estar de volta à noite do terceiro dia. Seria o combinado. Nove da noite. Dez. Meia noite. Nada. O dia amanheceu. A familia desesperada. Policia acionada. Busca em todos os lugares. Bombeiros, elicópteros. Nada. Chefe Zezé sumiu! Abduzido? Não era hora para brincadeiras. Não sabiam mais o que fazer. A polícia desistiu. Ninguém quis mais procurar. Seus filhos precisavam voltar à luta. Tinham seus empregos. Esposas, flhos. A vida continua.

           Cinco dias depois a esposa do chefe Zezé, parou de chorar. Os olhos vermelhos inchados. Dias sem dormir. Seis dias, sete, oito, dez, doze, quinze. No décimo oitavo dia, receberam um recado. Um telegrama. Um vaqueiro disse ter visto um homem parecido conforme foto nos jornais na serra do Canta Galo. Surpresa! Sorrisos! Esperanças renascendo. Todos os filhos foram para lá. Bem longe. Mais de nove horas de viagem. Serra desconhecida para eles. A cidade pequena. Alguns tinham visto quando ele chegou vinte dias atrás.

           Conseguiram um guia, encontraram o vaqueiro que mandou o telegrama. Arrumaram cavalos e subiram a serra. Local ermo e de difícil acesso. Todos estavam com muito medo, não sabiam o que iriam encontrar. Avistaram ao longe uma fumaça branca subindo aos céus. Pequenas esperanças. Quem sabe está vivo? Chegaram ao local. Viram-no enconstado em uma árvore, como se estivesse desfalecido. Correram até ele. Respirava e parecia dormitar. Abriu os olhos, sorriu. - Acabaram com meu sonho, disse. Mais dia menos dia sabia que chegariam aqui.

           O filho médico o examinou. Achou estranho. Sua respiração parecia ter melhorado. Viu o bujão de ar ainda cheio. Não tinha utilizado. Ele se levantou, olhou para o céu, para as árvores, um pássaro preto em um galho voou. Alguns outros se juntaram a ele. Todos voando em volta do chefe Zezé. Borboletas surgiram. Azuis, vermelhas, verdes e amarelas. Chefe Zezé sorria. Fez uma saudação para dois lobos guarás, que estavam escondidos atrás de uma pedra. Afagou um casal de quatís que dormitava aos seus pés e acordaram assustados.

Se nós temos que ir, vamos -  Disse. Com sua cabeleira branca e vasta caindo na testa. Cantava a pleno pulmões – Avançam as patrulhas, ao longe, ao longe! Adeus meus amigos, ou melhor, até breve, eu voltarei, podem me esperar, ele disse olhando os pássaros, a mata, o casal de quatis e os lobos guarás. Uma coruja pousou em seu ombro. Todos se assustaram. Coruja durante o dia?

            Arrumou sua mochila, sempre com calma e bem ajeitada nas costas gritou! - À frente tropa! Bandeiras ao vento! Marche! E lá foi ele a pé, sorrindo e cantando. Os demais foram montados a cavalo, levando a mula que ele tinha alugado. Em hora nenhuma reclamou. Agradeceu a oferta de ir a cavalo. Andava como uma lebre. Incrivel pensavam. Mais acima dois quatís acompanhavam e mais ao longe dois lobos guarás do rabo curto também. Uma passarada foi com eles até a cidade. Uma figura o chefe Zéze. Dizem que na cidade todos bateram palmas. Os pássaros quando ele entrou no automóvel do filho, cantaram alto.

            Mas o que houve com ele? Perguntei ao distrital. Olhe, soube pela esposa que tinha um livro de memórias e anotou tudo que aconteceu. Uma especie de diário. Ela me emprestou. Xeroquei. Vou te dar uma cópia. Ele ainda vive. Está com 86 anos. Não usa mais sua máquina para inalar. Não toma mais remédios. Ainda anda cinco quilometros por dia. Voltou ao Grupo Escoteiro. Ele hoje é chefe Senior e dos bons. Fui para casa e nem bem cheguei “apoitei” em minha poltrona favorita. Lí com sofreguidão e pressa tudo o que o "Velho" Escoteiro escreveu.

            Que doce leitura. Linda. Uma soberba aventura! Que inveja do chefe Zezé. Quanto daria para estar no lugar dele. Querem conhecer o diário? Saber o que  ele escreveu? Voces irão se maravilhar. Sejam meus convidados e vivam comigo essa magnífica historia de um "Velho" que se transformou através de um acampamento só dele. Um acampamento marcante, cheio de amigos, amigos que todos nós gostariamos de ter. Amigos sinceros, leais, sem interesses, e que não ficavam azucrinando com aquelas palavras chatas que ouvia sempre em sua casa. "Velho" gagá, babão, seu lugar é em casa. Não invente!

        - Quinta feira, nove de outubro de 2010 – Preparei tudo. Meu plano fora traçado. Combinei com um chapa carregador de malas, para colocar um chapéu parecido com o meu, e levar minha mochila até o ônibos combinado. Assim ele fez. Fingiu que entrava e deu meia volta. Escondeu-se em outro ônibos cujo motorista era amigo dele. Embarquei duas horas depois. Não fui para o Vale do rio da Serpente. Sabia que iriam me monitorar. Queria liberdade.

       - Sexta feira, dez de outubro de 2010 – Cheguei à cidade de Catuava, e lá aluguei uma mula. Para 30 dias. . Aproveitei e comprei bastante sal e tres latas de oleo de cozinha. Arrumei tudo e parti para a Serra do Canta Galo. Vi em mapas e tinha lido sobre ela. Linda. Achei um local maravilhoso. Um pequeno bosque, mais ao longe uma magnífica mata, próximo uma cascata, águas limpídas, bem arejada. Neste dia montei minha cabana. Ficou “joia” Toda de galhos e folhagem verde. Dava para ficar em pé. À tarde construí uma mesa e o fogão suspenso. Que saudades das que eu fazia no passado. Uma fossa de liquido, outra de detrito e retirado uns 50 metros um WC. O vento soprava do meu campo para ele. Era um verdadeiro campo de patrulha.

         Almocei lingüiça na brasa. Dois pães. Um suco. Mais tarde fiz um café. A pequena cafeteira sempre na brasa. Matei as saudades do meu café mateiro. Atrás de umas folhagens avistei dois quatís. Olhavam-me espantados. Sorri e eles se aproximaram. Daí para frente seriam meus amigos em todos os momentos. Notei que um pássaro preto me encarava. Sorri para ele. Ele cantou uma canção que achei ser um verdadeiro convite a amizade. Outros pássaros se aproximaram. Comecei a conversar com eles. A noite chegou. Uma coruja veio e pousou no meu ombro. Arrumei alguns galhos e fiz uma fogueira.

         Foi minha primeira noite. Antes de dormir lembrei que não tinha feito minha inalação e nem tomado meus remédios. Não sei por que não sentia falta. Não usei mais. Sentia-me bem. O ar entrava em minhas narinas de maneira agradável e apetitosa. Como respirava bem. O sono veio. Nem olhei as estrelas que lá no céu se juntavam com seus brilhos e fulgores inigualáveis. Uma brisa gostosa soprava vinda do norte. Deitei e dormi não sem antes agradecer a Deus por este acampamento maravilhoso que me dava. Há muito tempo não dormia assim. Que sonhos lindos. Que óperas lindas. Parecia que Giuseppe Verdi tocava só para mim La traviata. Acordei com o cantar da passarada na mata.

         Os dias foram passando. Eu não contava. Não iria fazer uma rotina de cidade. Estava vivendo os mais belos dias da minha velhice. Horas? Não tinha interesse. Não levei relógio. Celular. Radio. Nada. Queria viver a natureza em todo seu expledor. Minha ração começou a acabar. Achei na beira do riacho uma boa plantação de “taioba” adorava taioba. Comi taioba por vários dias. Um pequeno remanso e vi trairas e lambarís “bocarra”. Lindos, fáceis de pegar. Comia peixe frito no almoço e na janta. Um pé carregado de maracujá. Minha sopa preferida. Depois vários pés de mamão carregados. Maduros e verdes. Vagem e aipim mais abaixo do riacho. Amoras, goiabinhas anãs, maduras, deliciosas e para surpresa, vários pés de jaboticabas, lindas, apetitosas. Amigos alí era um édem. Poderia ficar a vida inteira neste paraíso.

         Não sei como, a tarde um casal de capivaras apareceu. Ficaram em volta do meu campo por dois dias. No segundo nasceram três capivarinhas. Um espetáculo incrivel. Mas o melhor mesmo foi à amizade que fiz com dois lobos guarás. Eles me seguiam aonde ia e o pássaro preto nunca me abandonou. Uma tarde vi um homem a cavalo. Com tristeza sabia que minha privacidade tinha acabado. Dito e feito. Fui encontrado. Minha familia devia estar preocupada. Deixei lá meu amigo pássaro preto, a coruja “buraqueira”, que me acompanhou todas as noites quando deitava na relva e ficava a imaginar como seria o universo.

          Valeu. Disseram-me que foram vinte dias. Dias maravilhosos. Poderia ficar lá por toda a minha vida. Quantos amigos eu fiz. E olhe só eu falava e eles educadamente me ouviam. E o silêncio quando do nascer e do por do sol era como se fosse ouro encontrado. E com ele eu muitas vezes sabia o que fazer. Não dizem que só o silêncio sabe a resposta?  Ainda vou voltar lá, meu destino está traçado. O caminheiro e a Midiata, nome que dei aos lobos guarás eu sei que estarão lá me esperando.

         Quando chego à janela, olho no horizonte e lá estão na castanheira em frente a minha casa, os sabiás que cantavam na serra e hoje cantam para mim todas as tardes. Sei que acham que sou louco. (Risos) não sou. Que pensem assim. Não me importo. No próximo verão irei voltar. Saudades da minha serra querida, dos meus amigos, bons tempos que não quero que termine nunca mais.

          Fiquei ali na minha poltrona por muito tempo extasiado. Estava fascinado com a narrativa. Parecia um conto espantoso, uma fantasia de um Velho lunático. Sua maneira simples de narrar era tão pulcra, tão luminosa e singela, que muitos iriam dizer que se tratava de uma fábula ou um mito que nunca existiu. A história que poderia ter sido imaginada pelo chefe Zezé não deveria ter existido. Mas eu sabia que não. Era verdadeira. Disto não tinha nenhuma dúvida. Suas palavras marcaram na minha memória.  Lembrei-me de uma fábula que tinha lido a muitos e muitos anos.

             Um jovem mochileiro chega a um pacato vilarejo cercado por correntezas. Toda casa ou construção do vilarejo possui uma azenha (moinho) construída dentro dela. O viajante encontra um velho ancião da vila, muito sábio, que está consertando a roda quebrada de uma moenda. O ancião explica que as pessoas do seu vilarejo decidiram há muito tempo atrás abrir mão da influência poluidora da tecnologia moderna e retornar para uma sociedade mais feliz e limpa.

          Eles escolheram a saúde espiritual a despeito da conveniência, e o mochileiro fica surpreso e intrigado com esta noção. No final da seqüência que é também o final da fábula, a procissão de um funeral de uma mulher ocorre no vilarejo, que ao invés de estar de luto, celebra contentemente o propício fim de uma boa vida.

        O ancião, que até então conversava com o jovem viajante, resolve acompanhar a procissão, não sem antes contar-lhe sobre algo que o jovem presenciou ao entrar na vila - crianças colhendo flores e colocando-as sobre uma pedra ao lado da trilha. O ancião diz que há muito tempo um homem havia morrido ali depois de muito sofrer, e desde então o ato de colocar flores sobre a pedra debaixo da qual foi sepultado se faz uma tradição do vilarejo. O viajante se despede do lugar repetindo o gesto das crianças.

      Não sei se me fiz entender. Acredito que o chefe Zezé encontrou o seu lugar. Uma expécie de Shangri-lá. Não era a cidade lendária descrita no conto de James Hilton, na sua novela Horizonte Perdido onde todos nunca envelheciam. Mas lá na serra do Canta Galo o Chefe Zezé encontrou sua fonte da juventude. Descobriu que lá em plena natureza e junto aos pássaros e animais amigos, ele continuaria eternamente no vigor da sua mocidade, ou melhor, da sua adolescência.

      Eu gostaria de encontrar um lugar assim na minha velhice. Uma Xangri-lá, onde pudesse viver como se vive em um paraíso. Onde ninguém fenece ninguém fica velho e quem sabe eu possa encontrar também uma montanha e lá viver junto à natureza o que o chefe Zezé viveu. São sonhos impossíveis. Irrealizáveis. Mas são sonhos. Eu digo sempre, nunca se afaste de seus sonhos. Porque se eles forem, voce continuará vivendo, mas terá deixado de existir! (Mark Twain)

    Saudades de tudo. Saudades da minha infância. Saudades da minha terra, da minha juventude, das minhas aventuras escoteiras. Tempos que se foram e nunca mais vão voltar. Mas eu luto até hoje para não só eu e sim todos os participantes da fraternidade escoteira, que encontrem sua xangri-lá, sua terra de sonhos. Eu acho que encontrei o meu. No maravilhoso mundo do escotismo nós podemos sempre sonhar. E para que eles se tornem realidade é preciso que acreditemos. Acredito até que no Escotismo, eu estou vivendo em plena Xangri-la!

E quem quiser que conte outra...

“Quando você olha para si mesmo, - você gosta do que vê?
 Se você gosta do que vê, você é a pessoa que deve ser.
Porque o seu reflexo reflete em tudo que faz,
e tudo que você faz reflete em você.
Quando você acorda todos os dias, você gosta de como você se sente?
 Se você gosta de como você se sente, você não tem nada a esconder.
Quando você se deita para dormir - você gosta dos seus sonhos?  Se você gosta de todos os seus sonhos, a vida é tão feliz quanto parece ser... ”


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Era uma vez... Em uma montanha bem perto do céu...

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